O rosto mais visível da Gnose Islâmica é, historicamente, o do sufismo (tasawwuf), muito embora outras formas de esoterismo como este coexistam, nomeadamente, o das gnoses xiitas/ismaelitas. O sufismo pressupõe uma via iniciática, que se exprime na confraria (tariqa), a qual assegura a manutenção de uma cadeia ininterrupta (silsila) de transmissão autêntica de conhecimento sapiencial, mediante o qual é propiciado o efeito irradiante do influxo espiritual (baraka). O gnóstico (aquele que sabe, ‘arîf), corporiza em grau supremo, os ideais muçulmanos de santidade (walâya), de cavalaria espiritual (futuwwah) e de sageza (hikma). Assim, ao gnóstico pertence a beatitude (sakîna) de quem vive na paz de Deus (Allâh), sendo-lhe permitido, por isso, frequentar o Seu limiar. As diversas confrarias sufis, que remontam a sua origem ao Profeta Maomé (Muhammad), baseiam-se na iniciação e ensinamento ministrados por cada mestre (shaykh) aos seus aprendizes (murîdûn). No debate, por vezes demasiadament...