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A mostrar mensagens com a etiqueta Fernando Pessoa

Iniciação

Não dormes sob os ciprestes Pois não há sono no mundo O corpo é a sombra que vestes Que encobrem teu ser profundo. Vem a noite, que á a morte, E a sombra acabou sem ser. Vais na noite só recorte, Igual a ti sem querer. Mas na Estalagem do Assombro Tiram-te os Anjos a capa: Segues sem capa no ombro, Com o pouco que te tapa : Então Arcanjos da Estrada Despem-te e deixam-te nu. Não tens vestes, não tens nada : Tens só teu corpo, que és tu. Por fim, na funda caverna, Os Deuses despem-te mais. Teu corpo cessa, alma externa, Mas vês que são teus iguais. A sombra das tuas vestes Ficou entre nós na Sorte. Não’stás morto, entre ciprestes. Neófito, não há morte. Fernando Pessoa, Presença , nº 35, Maio, 1932.

Felecidade

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..." Fernando Pessoa