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Mestre Real




Nos graus simbólicos, os Companheiros são confrontados com o relato da perda da Palavra, procuram mas não a encontram. No Capítulo, procuram, encontram, mas não entendem o significado do que encontram. A explicação de como, efectivamente, a palavra foi preservada, e o que significa, é o tema dos graus crípticos. No Grau de Mestre Real aprendem que, sejam quais forem as incertezas da vida que  para o Maçon fiel aos princípios da Arte, a recompensa é garantida. No grau de Mestre Escolhido aprendem que a Palavra deve ser preservada na abóbada secreta da alma de cada um dos Companheiros. 


MESTRE REAL


Este grau é realizado na Câmara do Conselho, representando o Santo dos Santos do Templo do rei Salomão.  

Na primeira secção do grau, Hiram Abiff está activo na construção do Templo. Na segunda secção, Hiram Abiff encontra-se ausente, a construção do Templo está perto do términus, a Arca da Aliança está presente e Adoniram é investido com a responsabilidade de Mestre Arquitecto. 

No simbolismo deste grau, a recompensa foi prometida e o tempo de a receber chegou. Quer dizer, o Companheiro, que trabalhou para completar o seu templo espiritual, vai ao encontro do Divino Mestre para receber a sua recompensa de modo a que o seu trabalho seja, finalmente, consumado pela aquisição da Verdade. Mas o templo que ele estava a construir é o templo da vida. E para que este segundo templo possa, de facto, ser construído, é preciso que o primeiro seja destruído pela morte, sob a qual assentam os alicerces do segundo. No primeiro templo, a Verdade não pode ser encontrada, e os Companheiros tem que contentar-se apenas com uma verdade substituta. 

O belo trabalho que o candidato traz, representando uma vida pura e completa, oferecida ao Supremo Arquitecto do Universo é, imediatamente, seguido por uma advertência para permanecer disposto a enfrentar as contrariedades da própria vida. No devido tempo, receberá a sua recompensa. Mas essa recompensa, simbolizada pela entrada no Nono Arco [simbolicamente o Portão da Morte Simbólica], virá apenas depois da sua vida ter sido concluída, ou seja, depois de completar todas as instruções simbólicas da Antiga Arte da Maçonaria. 

São 12 horas, é meio-dia, anuncia o Grão Mestre Hiram Abiff, momento adequado para deixar os trabalhos e comungar com o Supremo Arquitecto do Universo. Considerado um número sagrado na mitologia, o número 12, é o produto da multiplicação do triângulo de três lados pelo quadrado de quatro lados. O triângulo representa, deste modo, os três atributos da divindade, a omnisciência, a omnipresença e a omnipotência [sabedoria universal, presença e poder]. As 12 horas nocturnas, meia-noite, representam o mesmo número, no entanto, representam, por seu lado, a morte ou a meia-noite da vida.

Hiram Abif passa assim de um plano espiritual para um plano temporal, onde encontra novamente o candidato que, ainda ansioso, procura a Verdade Divina. Deslocando-se lentamente ao redor da sala, e em direcção ao sol, Hiram Abif, oferece-nos então um comentário sobre a Morte. Explica-nos que todos os homens são iguais aos olhos de Deus, desde o mais jovem Aprendiz ao rei Salomão. Aqui, particularmente, refere, o pavimento quadriculado, lembrando a todos os irmãos que há muito mal no mundo a ser superado. E que, apesar de os Companheiros construírem diligentemente, na tentativa de completar o nosso trabalho, podem ser chamados ao Altíssimo antes de terminar o que começaram. 


Segunda Secção

Ouvi-mos um alarme, de novo, o candidato, ansioso, em busca pela verdade divina, disposto a provar o seu valor, bate à porta.

Circular em volta do altar durante uma cerimónia é um dos mais antigos costumes conhecidos pelo homem. Entre as primeiras religiões estavam o fogo e o sol. A adoração do sol no céu, realizada simbolicamente pelo culto do fogo em cima de uma pilha de pedras, terá sido um dos primeiros Altares construído pelo Homem. A circulação à volta do altar, seguia o mesmo movimento do Sol, através do Sul, de Leste para Oeste.

Os querubins, linhas desenhadas em toda a sala, tornam necessário que o candidato passe por baixo das suas asas estendidas durante os circuitos que executa no templo. Como a Shekinah da Divina Presença morava debaixo das asas dos querubins no propiciatório, parece também apropriado que o buscador após a luz e a Divina Verdade, seja recebido sob as asas estendidas do Querubim, colocando-se sob a protecção do Poder Divino, que é a única verdade, e de quem só a verdade pode ser obtida.

Assim como a primeira luz do dia vem do Oriente, assim os Companheiros são ensinados a olhar para o Oriente para a iluminação. Caminhar simboliza, neste sentido, reverência em relação ao Altar. Alternando os passos à medida que vão avançando até ao Grau de Mestre Real. 

Acredita-se que neste grau existe uma alusão ao caminho do sol, que atravessa o Hemisfério Norte e Sul, entre os dois signos do Zodíaco, Capricórnio e Câncer, num movimento de zigue-zague. Quando os dois hemisférios estão dispostos ponta a ponta, como duas linhas paralelas sobre os lados, formam um quadrado oblongo ou em forma de Loja. Acredita-se, por isso, que os passos devem ser tomados da mesma maneira, ou seja, em movimento de ziguezague.

No sinal, Alfa é o primeiro, e Ómega, o último. Alpha e Ómega são, deste modo, adoptados como símbolo da divindade, inicio e fim de qualquer actividade. 

O triângulo equilátero representa os nossos três Grão Mestres. O triângulo quebrado representa a alegoria da vida. Alguns devem partir, outros devem permanecer e continuar. O triângulo, segundo alguns simbolistas, representa o homem completo, cuja base representa o físico, a linha vertical, o mental, e a hipotenusa, as 22 partes espirituais do homem.

O triângulo equilátero representará, deste modo, o homem perfeito quando a base do triângulo está na parte inferior, com a ponta para cima. Significa isto que, uma vez que o triângulo equilátero tem os mesmos atributos, físicos, mentais e espirituais, como o triângulo rectângulo, excepto que todos os lados são iguais, a mente e o corpo do homem respondem igualmente ao espírito e o homem torna-se o homem perfeito. Quando o triângulo equilátero tem a face plana no topo, com a ponta para baixo, ele simboliza a divindade, representando os três lados, a Omnisciência, a Omnipresença e a Omnipotência. [a Jóia do Prelado aponta para baixo.]

O candelabro de sete braços, descrito no Livro do Êxodo [cap. 25, v. 31-37], com cerca de cinco metros por três metros e meio de largura, era colocado no lado sul do santuário, oposto ao altar das preposições no santuário do Tabernáculo. No Templo do Rei Salomão, este foi substituído por dois castiçais de cinco braços, um de cada lado. 

Quando o Templo de Zorobabel foi terminado, o candelabro de sete braços foi novamente utilizado. Os castiçais eram acesos pelos sacerdotes cada noite e apagados a cada manhã. 

O sete, número sagrado na escritura hebraica, é também um sinal de algumas datas importantes. O sétimo dia é o dia do Shabath; Salomão tinha sete anos na construção do templo, havia sete anos sabáticos, sete dias constituíam normalmente os períodos de festa, e sete representava ainda a completude. O sete é ainda um símbolo do espírito do Senhor e a luz de Seu rosto brilha sobre nós através de seus olhos, contemplando-nos e incentivando-nos no trabalho nobre e glorioso de ajustar-nos como pedras vivas, para que o edifício espiritual, que é a nossa eterna morada, possa ser construído. Os pitagóricos chamavam ao número sete o número perfeito, porque era feito de três e quatro, o triângulo e o quadrado, duas figuras perfeitas.

No Templo estavam sempre 12 pães sobre a mesa no santuário [provavelmente representando as doze tribos de Israel]. Era um símbolo do pão da vida eterna pela qual somos levados para a presença de Deus.

O principal artigo dos móveis no Templo de Salomão, em Jerusalém, era a Arca da Aliança [em Ex. 25 : 10 a 22 podemos ler a seguinte descrição : 2 côvados de comprimento – 1,11 m – e um côvado e meio de largura e altura – 66,6 cm]. Estava ornamentada com dois Querubins, onde, entre as asas desses personagens lendários, estava a Shekinah ou nuvem perpétua, da qual o Bath Kol era emitido quando consultado pelo Sumo Sacerdote. A Arca, feita por Aholiab e Bezaleel sob o comando de Moisés, depois da destruição do primeiro Templo, desapareceu, não existindo registo, sobre o que aconteceu com este artigo de mobiliário.

O altar do incenso era feito de madeira e revestido a ouro, como era a maioria dos móveis do Templo. Nos quatro cantos, chifres, como os do carneiro. No centro, na parte superior do altar de ouro, todas as manhãs era queimado incenso.

Na mesa dos vasos sagrados estavam potes, pás, bacias, ganchos e panelas de fogo, bem como outros utensílios necessários para os serviços do Altar. Estes eram feitos de ouro e de bronze.

Albert G. Mackey, sobre a abóbada escreve: " A Abóbada era, então, nos antigos mistérios símbolo de sepultura; para a iniciação era símbolo de morte, onde só a Divina Verdade pode ser encontrada. A Maçonaria livre adoptou a mesma ideia. Ensinam que a morte é apenas o princípio da Vida; que se o primeiro, ou o Templo evanescente da nossa vida transitória está à superfície, devemos descer à abóbada secreta da morte antes de encontrarmos a sagrada jazida da Verdade que adorna o nosso segundo Templo da Vida Eterna."

Este ensinamento não é invulgar na Maçonaria, visto que os requisitos prévios para a iniciação incluem que se professe a crença em Deus e na vida eterna.

Porquê acumular? Se podemos partilhar? (Ex 16,1-36)

Na travessia do deserto, o povo sente fome, revolta-se e murmura contra o seu líder Moisés (Ex 16,2-3). A fome traz saudades do tempo da escravidão no Egipto. Apesar do sofrimento por causa da dureza dos trabalhos forçados naquele país, muitos se queixavam dizendo que lá, pelo menos, tinham comida em abundância. Será que, vivendo na condição de escravos, as pessoas tinham, realmente, fartura de pão e de carne?  Deus, porém, que ama o seu povo, ouve o clamor dos pobres e oprimidos, promete fornecer o alimento necessário para a travessia. Porém, coloca uma condição muito importante: o povo deve aprender a vencer a tentação de acumular. É o que traz o capítulo 16 do livro do Êxodo.

Como é narrado este facto?

O povo parte de Elim, um oásis onde há abundância de água e árvores e não falta comida. Está já no 15º dia do segundo mês da caminhada pelo deserto. Pouca comida e muita fome. As queixas e murmurações contra Moisés sucedem-se. Deus promete fazer chover do céu, pão e carne. Isto será um teste: poderão recolher maná para um só dia. Na sexta-feira, deverão recolher também o necessário para o sábado, dia do descanso no qual não se pode trabalhar, nem para preparar o alimento. Moisés e Aarão levam o recado de Deus ao povo: que cada um recolha apenas o necessário para um dia, para os outros dias Deus proverá. Para os que desobedeceram e caíram na tentação de acumular só para si, o maná apodreceu. A quem recolheu apenas o suficiente, nada faltou.

O maná e as codornizes

O que é o maná? O Maná, em hebraico man hû, era algo muito comum em alguns dos oásis do deserto. Há duas explicações possíveis. Alguns estudiosos da Bíblia afirmam que é produzido pela secreção de insectos que se alimentam de uma planta chamada tamarix. Trata-se de uma substância branca, doce e fina como geada que, exposta ao ar seco e ao frio, se solidifica, mas derrete e desaparece com o sol e o calor. Outros dizem tratar-se de uma substância resinosa e espessa de uma árvore da região central do Sinai, semelhante a uma semente de coentro. Era colhida, moída e cozida e com ela se fazia uma comida semelhante ao bolo. Ainda hoje, os beduínos, em alguns meses do ano, encontram esta substância no deserto e usam para fazer pão.

Portanto, o maná era algo do quotidiano, mas para o povo de Deus, em situação de fome e carência de tudo, era considerado algo extraordinário e mais um sinal da acção da providência divina. A linguagem dessa narrativa expressa a fé e a emocionada acção de graças a Deus, ao falar que o maná cobre o solo (Ex.16,4.13), quer dizer, é abundante; que desce do céu, isto é, o pão é enviado por Deus; e que sustentou o povo durante 40 anos, isto é, ao longo de toda a caminhada pelo deserto (Ex.16,35).

Muito tempo depois, por volta do ano 50 a. C, o escritor do livro da Sabedoria faz uma releitura desse acontecimento em linguagem poética, para reviver e partilhar com as novas gerações, essa experiência do amor gratuito e incondicional de Deus: “Ao teu povo, nutriste com o alimento dos anjos, proporcionando-lhe, do céu, graciosamente, um pão de mil sabores, ao gosto de todos. Este sustento manifestava aos teus filhos a tua doçura, pois servia ao desejo de quem o tomava e convertia-se naquilo que cada um queria.” (Sb. 16,20-21).

E as codornizes? São pássaros que aparecem em certos períodos do ano, na península do Sinai. Nessa região, bandos de codornizes, depois de atravessar o mar, chegando ao deserto muito cansadas, pousam próximo às tendas dos beduínos e são facilmente abatidas em grande quantidade. Depois de muito tempo, o povo faz a releitura deste fato e vê aí, a mão de Deus, que os conduz e protege com amor e carinho especial.


Contextualizando e aprofundando o texto

Conquistar a liberdade é um processo difícil e doloroso. Contudo, nos momentos de carência até do indispensável para sobreviver como a comida, o povo vem com a exigência de soluções imediatas e resiste a pagar o preço pela liberdade tão sonhada. Esquecendo a dureza com que foram tratados pelo Faraó no Egipto.

O que se passa na mente e no coração deste povo? 

‘Saudades’ da escravidão, situação com a qual, talvez, já estivessem confortáveis ou ‘medo’ da liberdade, cuja conquista causa insegurança, porque exige avançar rumo ao desconhecido?

Com o maná, Deus coloca o povo à prova. Quer experimentar, observar se observam a sua Lei (Ex. 16,4). Todos os dias, Ele enviava o maná. Todavia, algumas pessoas, por ganância e sem pensar nos outros, acumularam demais e não passam no teste (Ex. 16,16. 20). 

O que aconteceu? 

Os vermes comeram o que sobrou.  Essa atitude não é compatível com a condição de Deus, pois, com certeza, que o que sobrou na casa de uns, faltou na casa de outros.

Vejamos o que diz o texto bíblico sobre o período de escravidão no Egipto: “Em todo o país, faltava o pão, a fome assolava as terras do Egipto e de Canaã. José (vice-rei) acumulou todo o dinheiro que havia na terra do Egipto e na terra de Canaã, em troca dos mantimentos que eles compravam e entregou todo o dinheiro no palácio do Faraó.” (Gn 47, 13-13). O texto continua, afirmando que quando acabou o dinheiro, eles tiveram que entregar, em troca de mantimentos, os seus rebanhos, suas terras, e por fim entregaram-se a si mesmos como escravos. (Gn 47,15-26)

A proposta de leitura desta passagem, abertura do grau de Mestre Real, vai justamente na contra-mão do sistema económico daquele tempo e na contra-mão do sistema económico dos nossos dias. 

Na Galileia, no tempo de Jesus, a terra estava nas mãos de poucos. O povo era reprimido pelo império romano e explorado mediante a cobrança de altos impostos para o imperador e para o templo de Jerusalém. A pobreza e a miséria eram grandes. Muitos viviam preocupados com as necessidades básicas, como a comida e o agasalho. Para garantir a própria sobrevivência, procuravam, por isso, acumular o que podiam.

O texto bíblico é contundente ao condenar o acumular de bens: “Não ajunteis riqueza aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam.” (Mt 6,19). E alerta as pessoas, para que não se preocupem tanto com o dia de amanhã, ou seja, com o futuro, ao ponto de acumular. Aconselha a todos a confiar na providência de Deus Pai, que vela com carinho por todos nós, seus filhos e filhas, porque “ele sabe do que necessitamos” (Mt 6,32). E manda olhar os pássaros e as flores do campo, que não trabalham, contudo, Deus cuida deles (Mt 6,25-34).

Na multiplicação dos pães, acontece o milagre da partilha (Mt 14,15-21; Mc 6,34-44). Somos ensinados a organizar a prática da partilha, para que nada falte a ninguém. Se no mundo houvesse uma justa distribuição da terra, renda e produção, não haveria fome e a mesa de todos seria farta.

Mais adiante, o texto bíblico consagra uma vez mais a partilha do pão e denuncia a comunidade que não pratica a partilha (1 Cor 11,17-34). Enquanto houver fome no mundo, todos os dias devemos pedir, pão a quem tem fome, um coração generoso, e mãos abertas à prática da solidariedade e da partilha.

Os primeiros cristãos souberam praticar este ensinamento, conforme a palavra do canto: “Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria. Deus espera que os dons de cada um sejam partilhados com amor no dia-a-dia.” (Act. 2,44-45; 4,32-35).

Confrontando com a realidade actual

A história do maná é muito conhecida, porém, a sua mensagem, por vezes, passa despercebida, apesar de tão actual. O resultado da ganância e da acumulação de bens e riquezas resulta na maioria das vezes em pobreza, fome, em miséria e em exclusão. 

Se hoje os Mercados anunciassem que na próxima semana iria faltar o pão, o leite, o arroz, a massa ou outros alimentos, o que aconteceria? 

Íamos a correr comprar estes produtos. Acumulando em casa, os produtos em falta, para poder atravessar com tranquilidade o tempo difícil que se aproximava. Esta tendência de acumular, de juntar sempre mais, parece estar enraizada em nós, dá-nos segurança. 

Primeiro, pensamos em nós, depois nos outros. 

Porquê este desejo de acumular? 

Qual o vazio que queremos preencher, acumulando dinheiro e bens? 

Não seríamos todos mais felizes, se soubéssemos partilhar?

Procurar o Reino Celeste e a justiça divina é contentar-se com o necessário, ser solidário e partilhar. Não colocar a segurança da nossa vida nos bens materiais. Lembremo-nos do inicio, quando o Candidato traz na mão um belo trabalho, representando uma vida pura e completa, oferecida ao Supremo Arquitecto do Universo, seguido, imediatamente por uma advertência para permanecer disposto a enfrentar as contrariedades da própria vida e que, no devido tempo, receberá a sua recompensa. Mas que essa recompensa, simbolizada pela entrada no Nono Arco [o Portão da Morte Simbólica], virá apenas depois da sua vida ter sido concluída, ou seja, depois de completar todas as instruções simbólicas da Antiga Arte da Maçonaria. 

© Erros ortográficos cometidos ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico para a Língua Portuguesa.

   

Bibliografia 


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