Também chamado de São João, o Almoner ou São João, o Armsgiver. Nasceu em Amathus (Antigo Limasol), em Chipre em 550 DC. Dois contemporâneos dele, João Moscus e Sophronius deram autenticidade a sua história, em seus relatos. João, filho de um nobre de nome Epiphanius, governador de Chipre casou-se ainda muito novo, mas quando sua esposa e seus dois filhos morreram (provavelmente da peste-seria varíola ) ele entrou para a vida religiosa, deu seus bens para os pobres e ficou famoso pela sua santidade e caridade. Quando João tinha 50 anos e ainda um leigo ele foi escolhido Patriarca de Alexandria pelo seu irmão adotivo Nicetas, que havia ajudado o Imperador Heraclius a subir ao poder. A Igreja havia sido muito reduzida pela heresia Monophysitas e João se empenhou em recomendar a ortodoxia, dando exemplos de vida virtuosa e santa. Logo que assumiu o cargo o Patriarca João ordenou que se fizesse uma lista dos pobres. A lista tinha 7500 nomes dos pobres da Diocese os quais ele alimentava todos os dias. Uma das primeiras ações de seu episcopado foi a distribuição de 80.000 peças de ouro para hospitais e monastérios. Quando alguns protestaram ele respondeu que havia tido uma visão. Contou que uma linda mulher apareceu para ele representado a Caridade e lhe disse : "Eu sou a filha mais velha do Senhor Rei. Se você for meu amigo eu o levarei a Ele". Assim ele seguiu sistematicamente a política de "Esmoler"( aquele que dava esmolas) até a sua morte em 11 de novembro de 619.
Diz a tradição que suas acções influenciavam outros a seguirem seus exemplos. Ele era inspirado pelo pensamento que ajudando aos pobres estava dizendo obrigado a Jesus, que havia se sacrificado para nos salvar. Quando alguém em particular tentava agradecer João abruptamente dizia: "Irmão, eu não derramei meu sangue por você. Foi Jesus Cristo meu senhor e meu Deus e é Ele que me comanda".
Todas as quartas e sextas feiras sentava-se no banco do lado de fora da igreja, arbitrando disputas, dando conselhos, ouvindo as reclamações dos necessitados e imediatamente procurava corrigir os erros que estavam prejudicando aquelas pessoas. Ninguém era insignificante para não ter a sua atenção. As funções de seu ofício, orações e leituras ocupavam muito do seu tempo, mas ele nunca pronunciou uma palavra de reclamação. Bravo, ele expulsava da sua igreja aqueles que tomavam dos pobres e não permitia aos detratores entrarem em sua igreja. Por outro lado sempre desarmava seus inimigos pela sua humildade e as vezes até se ajoelhava a seus pés pedindo perdão.
João proibiu a todos que trabalhavam para ele a receber presentes, que considerava uma forma de suborno e acabou com a corrupção em sua diocese. João, o esmoler é o padroeiro da Ordem de São João em Jerusalém mais tarde convertida na Ordem dos Cavaleiros de Malta.
Sua relíquias foram levadas para Constantinopla e lá ficaram até que o Imperador presenteou-as ao Rei Matthias da Hungria. Elas então foram levadas para Tall (perto de Presbourg/Bratislava –Hungria) e em 1632 foram trasladadas para um lindo santuário na Catedral de Presbourg, onde estão até hoje. A sua festa é celebrada no dia 23 de janeiro e na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado com uma carteira ou com um rosário em suas mãos, embora algumas vezes ele também seja mostrado dando esmolas a um aleijado.