Avançar para o conteúdo principal

Brevidade da Vida Humana

1*Oração de Moisés, o homem de Deus.

Senhor, Tu foste o nosso refúgio
de geração em geração.
2Antes de surgirem as montanhas,
antes de nascerem a terra e o mundo,
desde sempre e para sempre Tu és Deus.
3*Tu podes reduzir o homem ao pó,
dizendo apenas: "Voltai ao pó, seres humanos!"

4Mil anos, diante de ti,
são como o dia de ontem, que passou,
ou como uma vigília da noite.
5*Tu os arrebatas como um sonho,
ou como a erva que de manhã verdeja,
6como a erva que de manhã brota vicejante,
mas à tarde está murcha e seca.

7Na verdade, somos consumidos pela tua ira,
ficamos angustiados pelo teu furor!
8Colocaste as nossas culpas diante de ti,
os nossos pecados ocultos, à luz da tua face.

9Todos os nossos dias se esvanecem pela tua indignação;
os nossos anos dissipam-se como um suspiro.
10*A duração da nossa vida poderá ser de setenta anos
e, para os mais fortes, de oitenta;
mas a maior parte deles é trabalho e miséria,
passam depressa e nós desaparecemos.

11Mesmo temendo-te e respeitando-te,
quem poderá compreender a tua ira e indignação?
12*Ensina-nos a contar assim os nossos dias,
para podermos chegar ao coração da sabedoria.

13Volta, SENHOR! Até quando...?
Tem compaixão dos teus servos.
14Sacia-nos pela manhã com os teus favores,
para podermos cantar e exultar todos os dias.
15Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste
e pelos anos em que sofremos a desgraça.
16Manifesta aos teus servos a tua obra,
e aos filhos deles, o teu esplendor.

17Venham sobre nós as graças do Senhor, nosso Deus!
Confirma em nosso favor a obra das nossas mãos;
faz prosperar a obra das nossas mãos.

Salmo 90

Mensagens populares deste blogue

O numero 5

“Não sei ler, nem escrever: só sei soletrar. Dá-me a Primeira letra e eu dar-te-ei a Seguinte”. “Não posso pronunciá-la, mas soletrá-la-ei contigo; dás-me a Primeira letra e eu dar-te-ei a Segunda”…Os Rituais para a emissão da Palavra Sagrada nos Graus de Aprendiz e Companheiro são, também, uma orientação para a atitude que o postulante deve ter neste percurso: recebe alguma instrução, são-lhe apresentados alguns mistérios, mas deverá ele próprio encontrar e elaborar dentro dele as respostas para os mistérios e segredos com que se depara. Na Ordem Maçónica, essas respostas e segredos desvendados nunca são definitivos, mas são sempre justos, e adequados ao Grau em que se encontra o postulante. É a natureza polissémica da Palavra, são os diferentes mantos que se vão afastando na descoberta dos símbolos e mistérios na construção do Templo. Heraclito afirmou que a “natureza, a realidade, gosta de se esconder " e que esta realidade escondida está além do alcance dos homens que a...

Mestre Real

Nos graus simbólicos, os Companheiros são confrontados com o relato da perda da Palavra, procuram mas não a encontram. No Capítulo, procuram, encontram, mas não entendem o significado do que encontram. A explicação de como, efectivamente, a palavra foi preservada, e o que significa, é o tema dos graus crípticos. No Grau de Mestre Real aprendem que, sejam quais forem as incertezas da vida que  para o Maçon fiel aos princípios da Arte, a recompensa é garantida. No grau de Mestre Escolhido aprendem que a Palavra deve ser preservada na abóbada secreta da alma de cada um dos Companheiros.  MESTRE REAL Este grau é realizado na Câmara do Conselho, representando o Santo dos Santos do Templo do rei Salomão.   Na primeira secção do grau, Hiram Abiff está activo na construção do Templo. Na segunda secção, Hiram Abiff encontra-se ausente, a construção do Templo está perto do términus, a Arca da Aliança está presente e Adoniram é investido com a responsabilidade de Mes...

Maçonaria Críptica

Maçonaria Críptica: percurso atribulado de um itinerário histórico O que são os graus maçónicos crípticos? Constituem eles um Rito maçónico específico? Qual a génese da sua integração no Rito de York? Será a sua sequência coerente nos altos graus? Que caminho percorreram eles até hoje? Estas são, porventura, algumas das questões pertinentes que qualquer maçom críptico se coloca ou, deveria colocar, no âmbito do seu caminho iniciático, sob pena de não compreender,  nem realizar,  uma prática consciente destes graus do Rito de York. O objectivo deste ensaio consiste, deste modo, em tentar responder a estas questões, identificando e sistematizando a génese e a evolução histórica do Rito Críptico na Maçonaria anglo-saxónica, sistema litúrgico e iniciático, cujos graus, na origem, não possuíam um encadeamento lógico recíproco. Esperamos, deste modo, poder contribuir para a história atribulada da origem e desenvolvimento cronológico dos graus deste Rito, co...